A Mulher, o Amor e o Poeta
A mulher que ama o Poeta
Não o ama profundamente.
Teme que o ame, somente,
E desame a poesia que resta.
Morosamente, o estro do poeta
O trucida profundamente,
Seus versos são refúgios, somente,
E o bardo se transforma em resta.
Então, o mártir leva as mãos à cabeça,
Suplica a inspiração que esqueça
E padeça com ele ao partir.
A mulher que ama o poeta
É a mesma que o vate ama.
Mas dormita sozinho na cama
E um poeta profundamente somente resta.
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