domingo, 14 de agosto de 2011



Um olho cheio de pernas para compensar os passos trôpegos. O outro, de pontos costurados por tudo que viu. Ambos vêm carregando um corpo mediano pelas ruas desníveis com o cuidado de quem leva um andor. Cabeça, tronco e membros, consagrados pelo cânone das eras, vem rápido, mordendo o canto dos lábios e percutindo um som tirado dos atritos dos dedos das mãos, uns nos outros, contemplativo, até chegar ao seu desígnio.

- Pai!


- JC, 14/ago/2011 -

Um comentário:

  1. Parabéns brother, cada texto que leio teu me inspira cada vez mais.
    Obrigado.

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