Vida de Euclides
Do chão(amarelo manga)
A incerteza de uma semente que não germina
Do trovão
A confiança forçosamente divina
De janeiro a maço
Uma vela acesa sem parafina, respinga
Do zelo no gado
A cor da pele: pele morfina
Do redemunho de vento
Um carinho violento que azucrina.
Na cancela da entrada
A vista da terceira estaca
Onde a vida finda
Da horta da cozinha
Lançam-se os últimos grãos de uma esperança
Que alinha-se ao ciclo de cada galinha
A vida não pertence ao sertão!
Quando não passa ao largo da estrada,
Persiste em eternizar-se como
A mais estranha vizinha.
- Sérgio Silveira -
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